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A JORNADA DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

POR QUE 4ª. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?


Cunhado em 2011 na Alemanha, o termo “Indústria 4.0” apareceu pela primeira vez no "Plano de Ação da Estratégia de Alta Tecnologia 2020”, coordenado pela Acatech (Academia Alemã de Ciências e Engenharia, fundada em janeiro/2008) e apresentado ao governo alemão (outubro/2012).


O termo" indústria 4.0" consolida uma revolução na indústria caracterizada pela digitalização, interconectividade e novas tecnologias de produção e gestão.

Segue a classificação utilizada:

  • 1ª. Revolução - final século XVIII: Substituição de pessoas e animais pela força mecânica, trazida pelo uso da energia gerada pelo carvão. Contribuiu para a produção de bens de consumo, impulsionando a produtividade e reduzindo tempo e custos deste processo.


  • 2ª. Revolução – início século XX: Baseada na energia elétrica e petrolífera, explorou-se novos mercados e acelerou-se o ritmo de produção adicionando linhas de montagem. Viabilizou-se o desenvolvimento dos meios de comunicação em massa.


  • 3ª. Revolução – década de setenta: Transição do uso da tecnologia mecânica pela digital nas atividades industriais. Dá-se início a Era da Informação com o a expansão da Computação e a criação da Internet. Ocorre a transformação do mundo dos negócios com maior produtividade por causa da automação da produção e a troca de informações a nível global, modificando o conceito de distância.


  • 4ª. Revolução – hoje: É a revolução do Conhecimento e da Comunicação. O casamento de mentes e máquinas. É a convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas e otimização de recursos com o uso de novas tecnologias como IoT, Big Data, Machine Learning, Inteligência artificial, etc. A coleta de dados em tempo real, grandes repositórios de dados e tecnologia para explorá-los são grandes diferenciais, possibilitando estreitar relações com clientes, além de reduzir custos no tempo de produção e reparo de produtos.

Segundo o Sebrae, os fundamentos da Indústria 4.0 foram adotados por vários países em planos de governo compartilhados com o setor privado, como o Industrial Internet Consortium nos Estados Unidos e o Industrial Value Chain Iniciative no Japão; talvez o mais ambicioso seja o plano diretor industrial da China, Made in China 2025 (2016).


Os resultados, contudo, estão aquém das expectativas, aparentemente pelo foco maior em tecnologia, e menos em estrutura organizacional e cultural (abordagem de TI e não holística). Pesquisa da McKinsey (2018) mostrou que cerca de 50% das empresas adotaram ao menos uma tecnologia de IA em seus processos, e 30% têm projetos pilotos; apenas 21% declarou que incorporou IA em diversas etapas, e somente 3% integrou plenamente.


Os setores líderes são os de alta tecnologia, de telecomunicações e de serviços financeiros; o setor de construção civil ocupa a última posição (MGI’s Industry Digitization Index).


COMO ESTAS MUDANÇAS ESTÃO AFETANDO AS EMPRESAS BRASILEIRAS?


Você pode até dizer que a sua empresa e seu segmento não foram (e não serão) afetados por essas tecnologias, porque faz algum tipo de serviço tradicional que não precisa destas tecnologias novas...


Mas saiba que o ambiente digital já afeta o seu negócio, por exemplo, quando outras pessoas avaliam sua empresa por meio de julgamentos de seus clientes (produtos, serviços, atendimento) na internet. Ou de seus funcionários... Ou quando, empresas concorrentes de outros países passam a produzir 30/40% mais barato que o mercado nacional, ou quando aparece uma solução alternativa e totalmente diferente para o cliente que é muito mais interessante e melhor do que a sua... Pensa bem, quantos casos estamos vendo como por exemplo da BlockBuster que teve seu modelo de negócio totalmente desidratado com a chegada do streaming? E toda a cadeia de valor das empresas relacionadas a música? O que aconteceu? Quantos exemplos mais podemos citar? A internet está repleta!


Essas mudanças estão afetando significativamente a maneira como fazemos negócio hoje em dia. Para tanto, é imprescindível que as empresas deem início a seu processo de transformação digital, o quanto antes. Para sua sobrevivência. Quem se adaptar primeiro certamente terá uma grande vantagem em relação à competição.


Conforme o projeto Indústria 2027 da MEI-CNI, as tecnologias disruptivas estarão presentes em todos os sistemas produtivos globais em dez anos, e se continuar no ritmo atual, o Brasil corre sério risco de figurar como não competitivo na economia mundial.


A motivação, tímida ainda, da maioria dos projetos existentes está relacionada a produtividade, eficiência e custo, enquanto deveria estar focada na redução da cadeia produtiva e revisão profunda dos produtos e modelos de negócio. Para isto, a maior barreira é a CULTURA, e os líderes precisam assumir seu papel e liderar esta transformação.


Segundo a CNI, apenas 27% usam sensores no controle de processos e 8% na identificação de produtos e condições operacionais (percentuais que sobem para 40% e 13%, respectivamente, entre as grandes empresas); a simulação e análise com base em modelos virtuais (“gêmeos virtuais”) é utilizada por 5% das empresas, coleta e análise de grandes volumes de dados por 9%, e serviços em nuvem por 6%.


Já quando olhamos para fora do Brasil, uma pesquisa norte-americana realizada pela prohet.com com empresas nos EUA, China e Europa (Altimeter Digital Survey, Q3,2018), confirma que o maior foco atual na transformação digital está nas áreas de TI e relacionamento com os clientes; mas, 85% das empresas pesquisadas relatam que seus esforços de transformação digital se expandiram para além da TI em iniciativas de toda a organização. Ou seja, a transformação digital estratégica está se tornando cada vez mais difundida para além da TI caminhando para impactar a competitividade em toda a organização.


Dito isto, a TI continua liderando os esforços de Transformação Digital. As 5 principais áreas de foco da transformação digital são:

  • TI;

  • Atendimento ao Cliente;

  • Operações;

  • Inovação; e

  • Marketing.


Mas afinal, aonde precisamos chegar?

E como?


O QUE É TRANSFORMAÇÃO DIGITAL?

A transformação digital é a busca pela evolução de negócios e operações inovadoras e ágeis - alimentados pela evolução de tecnologias, processos, análises e talentos – criando mais valor e melhores experiências para os clientes, funcionários e partes interessadas.


Os cinco principais impulsionadores da transformação digital são:

  • oportunidades de crescimento em novos mercados;

  • evolução dos comportamentos e preferências dos clientes;

  • aumento da pressão competitiva;

  • novos padrões e conformidade;

  • evolução dos comportamentos e preferências dos funcionários.

Conforme Brain Solis, "A jornada de transformação digital geralmente começa com uma mentalidade de primeira tecnologia: cinquenta e um por cento das empresas da pesquisa acima citada estão direcionando seus investimentos em transformação digital para modernizar a infraestrutura e as tecnologias de TI (por exemplo, nuvem, colaboração, comunicação, segurança, dispositivos móveis”.


À medida que a transformação digital evolui para a transformação total dos negócios, busca-se o equilíbrio distribuído e colaboração em toda a organização. As pessoas e suas relações se tornam estratégicas.


Mas quais são os fatores que dificultam as mudanças mais profundas nas empresas? Basicamente, se concentram em três pilares...

  • Reputação e Segurança

  • Cultura da Empresa

  • Falta de Conhecimento

Então, como ajudar as empresas a entender onde estão, onde precisam estar e qual é a sua jornada?

ONDE ESTAMOS E COMO NOS TRANSFORMAMOS?


Para ajudar as empresas a entender onde estão - e onde precisam estar – no caminho para a transformação digital, vemos em Altimeter, uma Empresa Profeta, a identificação de uma série de padrões, componentes e processos que formam uma base sólida para mudança e organizou em seis etapas distintas (https://www.prophet.com/2016/04/the-six-stages-of-digital-transformation/):


Assim, a maturidade digital é medida pelo grau de foco na experiência digital do cliente (DCX) e consiste em seis estágios, da seguinte forma ordenados:

  • Negócios como de costume: É quando a máxima é: ”Em time que está ganhando não se mexe”. A empresa não costuma correr riscos; seus processos e líderes – e, possivelmente, seus acionistas – barram a inovação. O digital não é visto como uma jornada a ser trilhada, e sim como um feature a ser adquirido, após provarem que o retorno é garantido.


  • Presente e Ativo: Existem agentes de mudança internos preocupados em implementar tendências digitais em seus processos, seja através de canais digitais, mobilidade, da IOT (Internet of Things) etc. A empresa começa a se mostrar ativa e presente no meio, e começa a abrir suas portas para a Transformação Digital. Novas possibilidades começam a fazer parte do escopo de trabalho, porém, como ainda não são parte da cultura empresarial, são aplicadas de forma individual, impedindo os maiores ganhos.


  • Formalizado: O senso de urgência atinge a empresa. Early adopters e agentes de mudança se juntam para buscar formas de modernizar a experiência do consumidor. Investimentos estratégicos em pessoas, processos e tecnologias se tornam reais. Cada departamento encabeçado por agentes de mudança começa a colaborar com outros e, desta forma, surgem insights para guiar a empresa pelo caminho da Transformação Digital.


  • Estratégico: O digital é visto como prioridade. Metas a curto e a longo prazo são traçadas e apoiadas por infraestrutura, operações e investimentos digitais. Agora, a tecnologia é proposital e implementada para impulsionar objetivos, ao invés de apenas otimizar processos.


  • Convergido: A Transformação Digital está no DNA da empresa. Novos modelos e equipes operacionais são criados para unificar processos ao mesmo tempo em que simplificam as operações para oferecer experiências integradas e consistentes. A Transformação Digital é visível em todos os setores da empresa.


  • Inovador e Adaptável: A Transformação Digital já não é um caminho a ser trilhado, e sim a forma como a empresa caminha.


Chegar no último estágio significa que a Transformação Digital se tornou uma maneira de gerir os negócios, na qual os executivos e estrategistas reconhecem que a mudança é constante e a empresa e todos seus colaboradores conseguem adaptar-se rapidamente às mudanças de mercado, de forma rápida e flexível. Um novo ecossistema é estabelecido e cria-se uma forma de enxergar o mundo - com suas relações comerciais e pessoais.


CONCLUSÃO


Uma empresa ágil busca responder de forma rápida e eficaz às oportunidades e ameaças - tanto no ambiente interno quanto externo - sejam eles comerciais, legais, tecnológicos, sociais, morais ou políticos. Em sua essência, encontramos uma filosofia e valores ágeis, com foco sempre centrado no cliente, que constantemente transformam as pessoas e a cultura bem como sua estrutura e sua tecnologia.


A Era da Informação já começou e as empresas que ainda não começaram a mudar seus modelos de negócio terão dificuldade em competir no mercado.


Se você quer se destacar (ou melhor, sobreviver) já sabe o que é preciso ser feito: arriscar.


Não existe uma receita de bolo, um manual de sobrevivência na era da transformação digital.


Agora, se você quiser reduzir seus riscos, precisa de um plano direcionador e estratégico que atue, simultaneamente, de forma holística, nos três pilares principais:

  • O potencial humano

  • A cultura digital como agente da transformação digital

  • A tecnologia

Que acha de avaliar, agora mesmo, o grau de Maturidade Digital da sua empresa segundo os pilares da Transformação Digital? É só clicar: https://forms.gle/DyNgFdZYDafKzND77.


Muito sucesso para você e sua empresa! E que tenhamos um Brasil melhor, próspero e mais competitivo!


Ana Teresa Carvalho Vicentini

CEO

ana.teresa@grupointegracao.com.br


Grupo Integração - www.grupointegracao.com.br

Ajudando as empresas a sonham novamente

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